serenade for the doll
Adoraria usar o mormaço como desculpa, mais uma onda de calor embotava os pensamentos na pequena cidade de Paratintins. Desde as idas horas da manhã que lembrava do ocorrido sem conseguir explicá-lo, matutava incrédula estirada sobre a rede na varanda com um copo quase vazio de martine acariciando duas pedras de gêlo. No suado do copo via desenhar-se entre gotas um detalhe de seu rosto. Por vezes parecia formar um canto do olho, depois o trejeito da boca, e numa sacudidela forte desfazia-se a fantasia. Passava por ela uma quente tarde de dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário