quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Noite


Ela e o copo na mão, de plástico. A multidão cantava e sacolejava uma música popular. Ana afastada da multidão, ela perto. Perto ainda o mar. Ouvia boquiaberta de seus lábios surgirem palavras com lentidão. Metade dos dizeres dissipavam-se na miscelânea de sons. A outra metade no feitiço de seu rosto. Restavam lacunas de dissimuladas vontades.

Um comentário:

Anônimo disse...

... ontem li seu livro... A Livraria da Esquina... livro pra ser degustado aos poucos mas, ao mesmo tempo, livro que se lê de uma vez só... lírico, sensual, doce, irreverente, profundo, risível, delicado, intenso e contundente como um orgasmo inesperado... provocado pela delícia de te ler...
Melhor ainda saber que essa leitura continua, na surpresa desses teus contos interditos... que, com certeza, até Clarice "a-provaria"...