Aqui é dia, é quente, é verão. Ela acende a luz do quarto e não desliga o ventilador, abre a janela e sorri com os seios à mostra para a vizinha que fecha a janela correndo. Deixa deslizar sobre o corpo a água fria refrescando o exterior, se aproxima da cama e, de longe, digo, com o corpo afastado e os lábios próximos, beija o sorriso na face da outra, ele engrandece. Ela corre para a cozinha fugindo do pau duro matutino da moça se espreguiçando na cama. A água translúcida atravessa o pó preto do café aromatizando a cozinha. Ela leva até a cama um pão na manteiga apertado na frigideira, e duas xícaras de café feito dois canos fumegantes. Apressa a dormida. Acaricia a dormida. Lambe a orelha da dormida. A ex dormida, de pau duro, olha com um largo sorriso e rememoria a apressada de que é sábado.
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