quarta-feira, 27 de junho de 2007

Futebol


Uma, duas, seis, faltavam ainda cinco, e lá vinha correndo esbaforida Ana fugida pela janela de casa, com as mãos ao alto prendendo os cabelos num rabo de cavalo. Fim das férias escolares para Beatriz e Madalena, os treinos agora dependiam de boas notas na escola. Edilaine fora obrigada a trabalhar sério e deixar esse “negócio de futebol pra lá” como dizia a sua mãe, “que isso é coisa de homem”, como se existissem coisas de homem e coisas de mulher. Renata, Marilena e Ana enfrentavam suas famílias, sempre tão zelosas da prole, futebol, como todo mundo da casa, da rua e da comunidade sabia, era coisa de sapatão, e cada qual enfrentava o preconceito como podia. Ana corria. As famílias de Renata e Marilena tinham uma certa razão, ao menos no que se referia as suas preferências sexuais, elas namoravam fazia dois anos enquanto o futebol surgira em suas vidas a meros seis meses. Ana, sem dar maiores satisfações a família, era sempre acompanhada pelo namorado até o campo.

3 comentários:

Liz disse...

Recanto cheio de encantos.Estas letras todas...

guigalize disse...

Olá naomi, poxa desculpe-me por não ter lhe respondido antes, é muito dificil eu atualizar meu blog, só hj que fui ver.. sobre desenhar mulher eu desenho sim, só me fala como que farei com maior prazer
beijos.. quando for pedir mande um e-mail fica mais facil, guigalize@gmail.com té mais

Anônimo disse...

em dias de férias os números não batem. conta incerta essa em que as letras também se desencontram - fugindo das linhas lineares do caderno. em dia de férias vale aquela peladinha no fim-da-tarde. com movimentos no meio, na ponta, nos quatro cantos. da cama.peladinha no fim-da-tarde. vestidinha à noite pra balada. em dias de férias vale tudo. durante as aulas também.