sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Adolescentices


Por mais que diversos homens lhe tivessem dito o contrário, duvidava. Em casa o espelho do banheiro era côncavo, aquele de corpo inteiro. Maior. Por mais que, dado o comprimento, nunca errasse na hora do mijo o vaso, titubeava. Mesmo que no banheiro masculino parecessem todos parecidos, na mente formava-se menor o seu. Mesmo que cu algum lhe tivesse parecido folgado, receava. Neuroses.

3 comentários:

Liz disse...

Abençoadas sejam as palavras cruas!

Chuva por aqui e páginas abertas do livro da Naomi Conte.

Anônimo disse...

Um banheiro é sempre um espaço vasto. Penso eu.

Thaís disse...

Gosto e ponto.
Repito.
Gosto muito.