O corpo fala, diz não. Insisto na loucura. A amiga arquiteta do meu lado, a sua mão na minha, a minha pélvis dolorida da noite anterior. Ela voltava como quem nunca se foi. Queria perguntar tanta coisa e no fundo saber de coisa nenhuma. Que ela tivesse partido num carro apertado de tantas mulheres pouco importava, nem deus é fiel. A quentura dessa mão na minha sobe a minha temperatura, arde a minha garganta, eu tento falar e não consigo. Estou num sonho nessa casa azul, com uma janela expondo o verde da mata e a sua mão na minha? Pouco importa se é sonho ou real, é bom. Ela por vezes me sorri quando abro os olhos. O meu corpo excitado responde. O ar arranha a garganta na direção dos pulmões. A contração do desejo é real e dolorida.
12 comentários:
é um prazer ler-te.
Delicadamente sensual, poderosamente belo.
Beijos, moça.
nossa...
texto quase palpável.
encantada por este blog! parabéns! muito lindo esse espaço ;)
Que lindo. Sôfrego. Trôpego. :)
Hummm...
Deu vontade.
Abraços
Esse é fílmico. Uma cena que nós já vimos e que é fresca, ainda assim. Vontade de mais disso, o que veio antes, o que virá depois?
O corpo fala, diz, agora, sim.
rápido e complexo, tudo o que eu busco numa leitura.
de tão bonito foi roubado. estendo a minha mão para segurar a tua.
sempre o prazer vence as lutas do corpo
"Queria perguntar tanta coisa e no fundo saber de coisa nenhuma"
achei uma frse que traduz o momento da minha vida! texto perfeito. adorei!
=]
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