quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Uma longa história: o jantar


Se soubesse que ela iria se atrasar tanto para o jantar, poderia bem ter assistido um filme na mostra de cinema nesse meio tempo, havia um novo filme lésbico cooperação reino unido e frança que prometia, afinal as francesas tem sempre um jeitinho meio sapa que confunde a cabeça de todo mundo, deve ser a tradição de Emmanuelle no cinema. Tocou a campainha, a porta estava novamente travada por dentro, abri efusivamente tropeçando nos pés de ansiedade, seus olhos brilharam de espanto ao ver a mesa posta com direito a candelabros, uma taça de champagne quente prontamente esvaziada e reposta. O cansaço disperso no vislumbre de tudo em seu devido lugar, por vezes a felicidade é simples, bem simples. Jantamos o salmão requentado iluminado pela bruxuleante luz das velas, mas não menos saboroso, a sobremesa foi em cima da mesa mesmo, com as roupas retiradas às pressas, com os beijos mais profundos, como se lá fora fosse o fim do mundo. Mesmo assim, o bilhete de viagem para o Zaire já fora comprado. Era o prenúncio do fim do mundo.

ps.: Geraldo que me entende, queria voltar a ler as novidades.

3 comentários:

Liz disse...

Que delícia é voltar a ler você!
Outro dia você me salvou de morrer de tédio no hospital enquanto eu revesava turno de acompanhante da minha avó.

É que eu andava me desenamorando da Clarice também, sabe...

Um brasileiro disse...

Olá. Tudo blz? Estive por aqui dando uma olhada. Interessante. Apareça por la. Abraços.

Karol disse...

Ultimamente pulo todas as refeições para ter logo a sobremesa ;)