quinta-feira, 6 de abril de 2006

Aos Quinze


Hoje acordei com quinze anos, pulando da cama, com raiva do mundo, olhei o relógio e acordara uma hora mais cedo que o necessário, assim como se tivesse coisas importantes a fazer, sempre me perguntando como se mede a importância das coisas, que coisas são essas que fazem todo mundo levantar cedo, fazer cara de sério e se aporrinhar o dia inteiro, olhei pro lado e Marta ainda dormia, com as costas das mãos encostadas no rosto, assim como dormem os tigres cansados, embora esse tivesse as garras bem aparadas, pura precaução minha, descobri-a puxando o lençol e nenhum movimento, os meus hormônios juvenis falaram mais alto e me recostei nua no seu corpo, se ela não quisesse fazer o serviço, faria eu mesma, virei-a de barriga para cima e encaixei-me entre suas pernas, perna na perna, xoxota na perna e Marta dormia, foi uma mistura de zoofilia e necrofilia, gostei(zei), e quando eu jazia sobre seu corpo satisfeita ela nem abriu os olhos, pegou minha mão e dispôs entre suas pernas lambuzadas, trabalhei dobrado, eu mulher objeto, usufruí dos meus parcos anos. Ela virou pro outro lado da cama reclamando da claridade, eu levantei, peguei uma camisa no armário e fui pra frente do espelho de volta aos quarenta anos.

Um comentário:

Anônimo disse...

acho q foi o melhor que li, ate hoje...