segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A arquiteta

Passo no seu escritório na hora marcada, ela de tailleur como pede o figurino, eu de jeans e camiseta sem a menor cara de cliente. Ouço pelo interfone sobre a mesa da secretária ela dizendo para deixar passar o próximo cliente, eu. A porta se abre, ela de cabelo preso na nuca, as mãos livres se soltam sobre o meu corpo num boa tarde demorado. Molho as calcinhas, e agradeço não ter um pinto nessa hora. Digo que vim para leva-la a passear, ela diz que já sabia, trocando as sandálias altas por um tênis baixo guardado no armário. Vamos pela rua apertada de tanta gente, é quase hora do rush, vamos a um café e peço um champanhe, sua bebida preferida. Ela diz que não, me pega pela mão e diz que vamos a outro lugar, tem outros planos. Eu ainda espero os planos se fazerem em mim. Pega o carro e vamos a um lugar no centro da cidade, um puteiro, ela diz que é para comemorarmos ali, esse é o lugar onde se fazem grandes comemorações. Na porta da casa, o leão de chácara é solícito, boa noite dona. Uma puta se aproxima, pergunta se queremos companhia. A arquiteta deixa a garota falar, pede drinques ao garçom, bebemos e conversamos como velhas amigas. Alguns homens no local olham para a mesa com interesse. Ela faz questão de não deixar claro se somos freguesas ou putas. A garota enfim diz o preço do programa, e diz que gosta de comer mulher, que ela mesma tem uma namorada, mas que esta nunca vem para não dar confusão no trabalho. A namorada não gosta que ela saia com outras mulheres, mas ela prefere. Que assim seja. Concordamos com o preço e não falamos mais nisso. Bebemos muito, as três, tem um quarto ali mesmo, subindo a escada, diz a garota. Esse é o primeiro programa da sua noite, ela cobra por hora, tanto faz ficar com a gente ou sair para o segundo turno. Tem uma cama grande, um chuveiro, um telefone. Ligamos para o bar, pedimos mais bebida. A garota se apressa em tirar a roupa, primeiro as nossas, digo que espero um pouco, ela despe a arquiteta, eu olho, ela passa as mãos pelos seios da arquiteta, demora a mão na cintura, escorre pelas coxas os dedos, a arquiteta me olha nos olhos durante toda a trajetória das mãos, sinto ciúmes e não movo, ela me convida a participar, sorri, digo não. Assisto. Fico excitada.

11 comentários:

disse...

Ui.

Vontade de estar no teu lugar, ou com você.

Buda Verde disse...

ADOREI!

Provocante! Letras na medida.


Beijo.

Murilo Silva disse...

Sua pena sim é mágica!
beijo!

Anônimo disse...

Também fico.

=)

Nay Rosário disse...

rapaz,assim voce me mata...

Adriano Queiroz disse...

Adorei Naomi.
Que delícia. (rs)
Vou dar para o meu namorado ler. =]
Deu uma coisa agora...

Beijos.

Thaís disse...

Oh my!
Me dá o telefone da tal arquiteta?
Ah e o endereço do lugar também!

Cheio de pimenta isso aqui, hã!
adoro! rs

bjos

Tonnever disse...

wow rss

Anônimo disse...

Também fico.(2)

Anônimo disse...

a felicidade é intensa qdo vc gosta de cartas...wow.

Anônimo disse...

Segundo conto lésbico que leio essa semana e me deixa inspirada. Preciso escrever algo assim, curto e direto, perfeito! Parabéns! Confira o meu.