Contos Interditos
Homo, demasiado homo
domingo, 2 de junho de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
domingo, 19 de maio de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Uma longa história: última chance
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Uma longa história: o jantar
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Uma longa história: primeira tentativa
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Uma longa história: a notícia
Depois de dois anos dividindo a mesma cama, ela me olhou e disse que dali há duas semanas ia para o Zaire. O Zaire, isso mesmo, aqui do lado não é?
Foi difícil responder a algo tão inesperado, perguntei se ela não podia escolher ir para Belo Horizonte, até o Acre era mais perto. Não, a decisão estava tomada, ou fazia isso agora ou talvez nunca mais tivesse a oportunidade de aderir a uma organização médico-humanitária. Pelo visto os argumentos tinham sido todos preparados, e eu caía como um peixe na rede nessa informação toda. Depois de quase uma hora ouvindo explicações sobre a importânica das atividades, interrompi e perguntei algo que ao menos deveria entrar no contexto da situação, e nós?Não pensei muito sobre isso ainda. Bom havia alguma coisa sobre a qual ela ainda não tinha pensado muito, um pequeno detalhe. São só dois anos e você pode vir me visitar sempre que quiser. Claro, eu vou na internet e procuro um vôo saindo na sexta a noite e voltando, de preferência no domingo a noite já que eu e a torcida do flamengo trabalha na segunda feira pela manhã, Rio de Janeiro para o Zaire num preço bem bacana, simples, mesmo muito simples. Também disse que ela podia vir me ver quando quisesse, devido a rotação da terra e as correntes de ventos, a sua volta será mais rápida, você economiza um par de horas.
Tinha ainda duas semanas para fazer ela mudar de ideia, não ia ser fácil.
domingo, 27 de março de 2011
Na piscina
terça-feira, 9 de novembro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Eleições
Dois pesos... Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo
Dar dinheiro aos mais ricos os torna “vagabundos”?, Leonardo Sakamoto
'Desinformação' não serve à democracia, diz Marilena Chauí
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Carro roubado
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Quatro
Você não está aqui, está?
Ela enrijece o corpo e diz o que queria dizer há algum tempo:
Não.
Um vento fresco entra pela janela por onde se ouve o barulho das folhas das árvores farfalhando.
Você tem outra pessoa na sua cabeça?
Ela se demora uns segundos para responder, o que já é uma resposta, e mesmo assim opta por não mentir.
Sim, eu conheci alguém.
Tenho vontade de perguntar mais sobre ela, seu nome, como ela é, se é bonita. Mas isso abriria um caminho que eu não estou disposta a percorrer. Ela vira-se na minha direção e me abraça, ficamos face à face por uns instantes.
Você irá vê-la em breve?
No próximo feriado, eu acho.
Parece que ela se esforça em dividir a sua história comigo respondendo a todas as perguntas, eu já divido a história com ela.
Por que você não vai hoje mesmo viver essa situação?
Você não entende essa situação.
Sim, eu entendo.
Ela também tem outra pessoa.
domingo, 18 de abril de 2010
Cena 1
Duas calcinhas, uma branca, uma preta tipo boxer. Dois corpos se movimentam sobre a cama desalinhada. Na diagonal da cortina vermelha entreaberta uma vizinha atenta, uma das mãos à vista, a outra sinalizando masturbação. Risos e gemidos ecoam no vão central do hotel:
Um pouco mais para cima... isso, isso.
E agora, está bom?
Está bom!
Quanto?
Trinta e dois.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A casa vazia
sábado, 10 de abril de 2010
Vida de facebook

quarta-feira, 7 de abril de 2010
Na cama
Se eu tomar mais uma xícara, vou passar a noite toda mijando.
O que tu tá lendo?
O outro, de cinema. Esse texto é clássico.
Tá bom?
Tá, esse cara é de Sampa, parece que ex professor da USP.
...
Vai dormir?
Vou daqui a pouco, e tu?
...
Meu amor?
Humm?!
Tu sabe que mesmo dormindo eu continuo te amando?!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Preconceito
Eu também perdi o contato dela completamente. Dela e de todo o resto, uma pena.
Faz quantos anos mesmo?
Ihhh, desde o segundo grau, uns vinte.
Agora nem segundo grau é mais segundo grau, faz tempo mesmo.
Mas afinal, o que você tem feito?
Tô morando em São Paulo desde o final da graduação, saí de lá e nunca mais voltei. E você?
Tô aqui também, trabalhando num banco, eu e meu marido. Moro numa casa com a minha filha adolescente e um outro menor.
Bem bacana, a vida passa. E qual o nome deles?
Ela é a Maria Eduarda, presta vestibular esse fim de ano. Ele é o Nathanael, está terminando o primário – orgulho. E você, casou?
Eu trabalho numa clínica veterinária e moro com a minha companheira faz dez anos. Não temos nem filhos, nem gatos, nem cachorros - risos.
Ah, então você é gay - surpresa. Legal. Vamos marcar um encontro pra bater um papo dia desses.
Vamos sim, um almoço de domingo.
Eu volto a ligar!Beijos querida.
Beijo grande.
Nunca mais ligou.
sábado, 27 de março de 2010
Tudo é possível
terça-feira, 9 de março de 2010
Sanidade

Cada vez que virava o rosto, uma peça sumia.
Na tela, o filme discorria sofridão.
Primeiro foi a camisa e os seios ficaram a mostra. Graúdos e solenes.
Interna no sanatório, a moça parece esquizofrênica, de um lado gente gemia, do outro nariz e boca se retorciam.
Era a quentura do quarto ela dizia, mas a janela não abria.
Saída, sem ser fugida, depois de oito anos para a casa da família ela voltava, para os livros e poesias.
No sofá, sem nem notar, a calça de pijama se desfazia.
Um primeiro amor veio tardio, desejado e abusado junto com o livro publicado.
Coluna ereta e olhar atento, sobre a calcinha somente ela se equilibrava.
E os obstáculos se foram, um a um, derrubados pela inocência, livro e mais livro ela escrevia.
Antes que sozinha a calcinha se fosse, dei a mão, desliguei o vídeo, e partilhei a alegria.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Da teoria a prática
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Verão (-2)
domingo, 22 de novembro de 2009
Verão (-1)
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Verão (0)
domingo, 8 de novembro de 2009
Deu no jornal
Não é a toa que o caderno de esportes e economia venham lado a lado nos jornais, ambos são uma caixinha de surpresas. Mesmo que se troquem os atacantes/diretores, as regras não mudam. Palpite é o que não falta. Cada um diz o que quer. E agora em meio a crise, para ajudar os inescrupulosos indústrias e bancos, que por anos à fio viram seus lucros aumentarem através do trabalho alheio, o povo paga. Auxílio finaceiro, como sempre, só para os ricos. Aqui e lá fora. O caderno de futebol ao lado distraindo os olhos das mazelas do mundo. Pão e circo para todos!
sábado, 24 de outubro de 2009
O corpo de cada dia
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Moça na janela

sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Memórias de chuva
le ..n...t.... a..... m......e..........n..............t..................e
g........t.......j...........a.........v
o.......e.....................
........................................................a
do meu corpo
a presença
do seu
sábado, 26 de setembro de 2009
Demasiado ar
sábado, 12 de setembro de 2009
Manhã de sábado de uma sexta intensa
Eu sou a moleza dos sábados de manhã, e você?
A vontade que deixa a moleza de lado e faz o que parece que tem que ser feito.
E o que tem que ser feito?Não pode esperar?
Se pudesse esperar não era vontade pura, vontade quando dá mesmo, é insuportável.Dilacera a espera.
Pois bem, nesse instante tenho uma vontade insuportável de ter moleza! Eu sou esse gato aí de cima.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Filhas
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Dissabores
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Sonhos de viagem
Os olhos se perdem na imensidão de colinas verdejantes deslizando no horizonte, as árvores longínquas parecem arbustos navegando num mar tranqüilo, junto a janela o tempo passa correndo,listras brancas e negras perseguindo-se mutuamente, o som constante dos pneus rodando sob o asfalto embala o sono numa tarde de domingo, num domingo de viagem. Sonhos intermitentes sacudidos por sobressaltos, ela aparece e desaparece, ela acompanha o vai e vêm de imagens fugazes, ora observadora, ora atuante. A impotência frente a beleza que se oferece, num instante estico o braço buscando envolvê-la e um quebra molas interrompe o movimento, num outro tento falar-lhe de amores e uma curva me desperta, assim viajamos as duas numa seqüência infinita e ardilosa de encontros e desencontros.
domingo, 19 de julho de 2009
O Brasil, samba que é...
Outra questão é a própria idéia de desenvolvimento. A humanindade não pode mais crescer. Sou a favor do crescimento zero, de caminhar para uma redistribuição em escala planetária da riqueza. Frases como "continuem consumindo" e "comprem mais carros" são criminosas do ponto de vista da espécie. Nesse sentido, a palavra desenvolvimento é péssima, e a palavra crescimento pior ainda. Nem todo desenvolvimento envolve crescimento econômico; o PIB não mede porcaria nenhuma. O Butão criou um índice de felicidade interna bruta (FIB). Parece piada, mas talvez não seja completamente idiota. Os EUA, que tem um PIB bem maior que o do Brasil, não creio que teriam um índice de felicidade interna bruta maior que o nosso. Não parecem um povo particularmente pacífico, alegre, saudável. Ao contrário: toda semana alguém mata quarenta escolares em algum lugar do país e a obesidade é galopante. Nada que nos faça mirar nos EUA como exemplo da civilização. O Brasil precisa se desenvolver: aumentar o senso de equidade, de justiça, aprender o que é prioritário.
palavras do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro.
domingo, 12 de julho de 2009
Casamento
domingo, 28 de junho de 2009
Essa criatura homem
A vida atual está contaminada até as raízes. O homem usurpou o lugar das árvores e dos animais, contaminou o ar, limitou o espaço livre. Mas o pior está por vir. O triste e ativo animal pode descobrir e pôr a seu serviço outras forças da natureza. Paira no ar uma ameaça deste gênero. Prevê-se uma grande riqueza... no número de homens. Cada metro quadrado será ocupado por ele. Quem se livrará da falta de ar e espaço?Sufoco só de pensar nisso.
E infelizmente não é tudo.
Qualquer esforço de restabelecer a saúde será vão. Esta só poderá pertencer ao animal que conhece apenas o progresso do seu próprio organismo. Desde o momento que a andorinha compreendeu que para ela não havia outra vida possível senão emigrando, o músculo que move as suas asas engrossou-se, tornando-se parte mais considerável do seu corpo. A toupeira enterrou-se e todo o seu organismo se conformou a essa necessidade. O cavalo avolumou-se e os seus pés se transformaram em cascos. Desconhecemos as transformações por que passaram alguns outros animais, mas elas certamente existiram e nunca lhes puseram em risco a saúde.
O homem, porém, este animal de óculos, ao contrário, inventa artefatos alheios ao seu corpo, e se há nobreza e valor em quem os inventa, quase sempre faltam a quem os usa. Os artefatos se compram, se vendem, se roubam e o homem se torna cada vez mais astuto e fraco. Compreende-se mesmo que sua astúcia cresça na proporção de sua fraqueza. Suas primeiras máquinas pareciam prolongamento de seu braço e só podiam ser eficazes em função de sua própria força, mas, hoje, o artefato já não guarda nenhuma relação com os membros. E é o artefato que cria a moléstia por abandonar a lei que foi a criadora de tudo o que há na Terra. A lei do mais forte desapareceu e perdemos a seleção salutar. Precisávamos de algo melhor do que a psicanálise: sob a lei do maior possuidor do maior número de artefatos é que prosperam as doenças e os enfermos.
Talvez por meio de uma catástrofe inaudita, provocada pelos artefatos, havemos de retornar à saúde. Quando os gases venenosos já não bastarem, um homem feito como todos os outros, no segredo de uma câmara qualquer neste mundo, inventará um explosivo incomparável, diante do qual os explosivos de hoje serão considerados brincadeiras inócuas. E um outro homem, também feito da mesma forma que os outros, mas um pouco mais insano que os demais, roubará esse explosivo e penetrará até o centro da Terra para pó-lo no ponto em que seu efeito possa ser o máximo. Haverá uma explosão enorme que ninguém ouvirá, e a Terra, retornando à sua forma original de nebulosa, errará pelos céus, livre dos parasitos e das enfermidades.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Um recital sem quarteto de cordas
profundo tédio
som, som, som
palavras
repetidas palavras
para efeito, defeito sonoro
prefiro o Noll
e a buceta
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A Consciência de Zeno (1923)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
À deriva
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Mi sexo
Mi sexo
Mi sexo no es un buen consejero.
Mi sexo no es de fiar.
Mi sexo sabe de mí cosas que yo no sé,
y tiene inclinaciones que me sorprendem
niña impúber que ha menstruado antes de tiempo.
Mi sexo me conduce a donde no quiero ir
y habla un lenguage mudo
hechos de gestos y de impulsos
que clamam en la soledad de la noche
como niños huérfanos.
Si conversara más a menúdo com mi sexo
posiblemente podríamos llegar a algún acuerdo:
o yo lo mato a él
o él me destruye a mí.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Pintada
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Uma sapa na cozinha

Macarrão ao curry:
Meio quilo de contrafilé.
Uma cebola grande.
Uma lata de creme de leite de 200 ml.
Azeite extra virgem.
Curry.
Pimenta calabresa.
Sal.
Meio quilo de macarrão.
sábado, 18 de abril de 2009
Manhãs de outono
domingo, 5 de abril de 2009
Música
sexta-feira, 27 de março de 2009
Inconstâncias
quarta-feira, 18 de março de 2009
Apressada

quarta-feira, 11 de março de 2009
Big brother
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
No carnaval da avenida
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Nova era
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Noite de setembro

serenade for the doll
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A viúva

Hum?ela responde sem entender.
Ao banheiro, só um pouquinho!Insiste ansiosa.
Não obrigada, não estou com vontade. Ela responde entendendo.
Mas mãe, você pode ir ao banheiro sozinha.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Vestido

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Campanha: Uma semana sem cinema
Alugue ou baixe um filme. Mobilize-se e divulgue para os amigos!
domingo, 23 de novembro de 2008
Madrugada
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A arquiteta
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Vasta cidade
A cidade é vasta como o moral das pessoas. As oportunidades parecem cintilar em cada esquina e tudo é permitido. Surge a cada dia um esperto a convencer dez outros tolos de suas inexistentes habilidades. No que diz respeito às questões de governo, a certeza da impunidade faz multiplicar corruptos e falastrões confundindo a todos com discursos de palavras altruístas esquecidos logo após as eleições. Aprendemos, enfim, a usar as palavras de maneira leviana e cruel. Nessa grande cidade, todos se amam, inclusive àqueles que se conhecem na mesma noite, e ai de quem discordar desse pressuposto. Multiplicam-se os sociopatas, que circulam com altivez entre os mais variados grupos. Troca-se de roupa, como trocam-se os amigos e os produtos na geladeira. Vale mais um copo que uma amizade. Esvaziaram-se as palavras, perderam-se os gestos. Aprendemos e usamos diariamente, a antiga idéia de que a vida é um palco. O Rio nunca teve tantos palhaços e tanto público.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Dias nublados

quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Como abrir uma porta
domingo, 19 de outubro de 2008
Não vá morder as Márcias
D´aprés OsMarcos
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Uma idéia simples
Uma idéia simples, silenciosa e influenciadora: nos dias 25 e 26 de outubro próximos, todos os eleitores do Gabeira para prefeito no Rio de Janeiro, vestirão uma peça de roupa verde para silenciosamente mostrar a nossa preferência política e influenciar os indecisos.
Vamos criar uma Onda Verde!